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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

As chaves para educar no século XXI

Métodos de ensino baseados em projetos e em centros de interesse já foram propostos desde o início do Séc. XX, mas parece que só agora as escolas e os educadores começam a se sentir capazes de trabalhar com eles. Leia As chaves para educar no século XXI  Um texto curto, mas que toca nos pontos-chave da educação contemporânea.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Como é ser a pior aluna da classe.

Como é ser o pior aluno da classe? Eu não tinha resposta para essa questão até vivenciar a situação de ser a pior aluna da classe. Isso aconteceu no último mês de julho quando me dispus a aprender um pouco mais de inglês fora do país. Bem, cheguei à escola e realizei um teste escrito para identificar em qual nível de conhecimento sobre o idioma eu estava. Devo ter me saído muito bem ou, pelo menos, bem melhor do que eu esperava, porque me colocaram na turma de nível 5 quando o nível mais alto da escola é o 7. Bem, lá fui eu para a aula. Turma pequena, 7 alunos, sendo 4 do Brasil, 1 do Japão, 1 da França e 1 da Eslováquia (sim, Eslováquia, não República Tcheca e nem Tchecoslováquia como me equivoquei várias vezes). A professora, norteamericana, iniciou as apresentações pessoais. No teste eu havia deixado bem claro que minha intenção era melhorar minha habilidade (quase nula) de compreender quando alguém fala inglês e também a minha habilidade para falar nesse idioma. Qual foi a minha surpresa quando os colegas começaram a apresentar-se fluentemente em inglês. Eu não consegui sair do : “My name is Sheila, I’m brazilian, I’m a physical education teacher and I’m here to improve my English”…Além disso acrescentei: “I think that I was in a wrong group because I have many difficulties to listen and speak English”. Bem, a professora, com os 20% que eu conseguia compreender do que ela falava, afirmou que eu estava na turma certa e que eu ia superar minhas dificuldades. Bem, iniciamos o estudo e eu tentava compreender o que estava acontecendo, associando o que eu via no livro, usando uma palavra aqui e outra ali que eu pescava do que os alunos respondiam e do que a professora falava. Seguramente “paguei muitos micos” já que, por inúmeras vezes, decodifiquei de maneira errada as mensagens emitidas. Estou familiarizada com o formato das palavras, mas não com os seus sons. Ver, para mim, teria sido um veículo importante para o meu aprendizado porque me permitiria associar a palavra que eu conhecia, porque já a haveria lido, com o som que a professora emitia. O fato é que, na maior parte das vezes, a professora não escrevia, não seguia as instruções do livro (conduta essa que eu, quando me refiro ao ensino, costumo elogiar, já que é um indicativo que o professor tem flexibilidade e/ou criatividade para promover outros veículos para promover a aprendizagem), e isso, para mim, uma ignorante do idioma, parecia uma tortura: eu me sentia sem chão! Regra da escola: não se fala outro idioma diferente do inglês em qualquer dependência da escola. Ou seja, para pedir para a professora repetir a instrução, para pedir para ela repetir a instrução porque pela segunda ou terceira vez eu não havia compreendido, para pedir socorro aos colegas brasileiros, tudo, tudo,eu tinha que fazer em inglês. Acho que a frase que eu mais pronunciei foi “I don’t understand”. Sintam o estresse. A partir daí comecei a imaginar, quantas vezes o aluno, ainda que falando o mesmo idioma do professor, desconhece o vocabulário que escuta, desconhece o que o professor e os colegas acham que é importante, se perde no meio dessa confusão cognitiva buscando uma maneira de expressar sua dificuldade ou mesmo para decidir se vale a pena expressar a dificuldade. Isso acontecia comigo. Passado algum tempo eu já perdia tempo para decidir se valia a pena perguntar, evidenciar minha fragilidade, e quando decidia fazer a pergunta, levava muito tempo até conseguir elaborá-la, ou seja, muito tempo já havia se passado e a pergunta ficava fora de contexto. Quantas vezes, ao fazer minhas perguntas, exigiu que a professora não repetisse apenas o último passo, mas dois passos anteriores....Coitadinha!  Em pouco tempo eu estava julgando o quanto eu fazia a professora sofrer, o quanto os colegas deviam estar enfadados em ter que ver a professora retroceder para resolver minhas dificuldades, começava a julgar o quanto eu estava sendo um fardo, um peso para a turma carregar. Isso nunca tinha me acontecido. Em minhas experiências como aluna nunca tinha me acontecido ser aquela que fica mais do que além do fim da fila e o professor ou os colegas tem que voltar, láááá atrás para buscar e, na melhor das situações, recolocar, de novo, no fim da fila. Foi pesado pra mim...O pensamento começava a viajar e a escapar da aula de inglês e eu ficava imaginando quantos alunos durante minhas aulas teriam passado por estas sensações, pensamentos, dúvidas, divagações que eu estava passando. Parte da experiência do meu “melhorar o inglês” foi invadida pelo “filosofar a respeito da condição de aprendizado de alunos que não acompanham o nível da turma e sobre a percepção ou ausência de percepção do professor a respeito disso”. Outra coisa que aconteceu é que, não sei por qual veículo, o pessoal descobriu que eu era doutora. Não sei se isso foi bom ou ruim, mas senti uma certa desconfiança por parte de algumas pessoas da turma, daquele jeito que você se sente quando te olham com aquela cara de espanto ou de ponto de interrogação como que pensando: que doutora é essa que não fala inglês? Em uma ocasião, uma das coleguinhas brasileiras, de cochicho com a francesinha, se dirigiu para mim e perguntou: “Are you a doctor, aren’t?” e eu respondi com um curto: “Yes”. E a conversa continua: “But, what kind of doctor?”, e eu respondi: “Education Doctor”. “PhD?”- me pergunta a colega brasileira, e eu respondo: “Not Phd, EdD – Ed of Education, D of Doctor”…e me pareceu que não compreenderam que havia alguma diferença...A professora, por sua vez, queria saber o que eu ensinava, já que eu era professora, e eu lhe expliquei que eu “ensinava a ensinar”, depois me arrependi amargamente de ter dito isso. Eu devia ter dito que ensinava acrobacia, que era o que o meu colega de classe brasileiro e também professor de Educação Física disse que ensinava e que todo mundo sorriu e fez um monte de perguntas amáveis depois dele ter falado a respeito do seu trabalho. Comigo não. A professora fez aquela cara de quem, ou não sabe bem o que é isso, ou de quem ficou com medo de ter seu ensino analisado por mim. Quase inevitável né...Ela foi boa professora. Muito atenciosa, até pediu para conversar comigo no final da aula para me “consolar” e me convencer que eu estava, sim, na turma certa, e que os colegas sabiam tão pouco quanto eu...Tá bom...Me engana que eu gosto... Era notória a diferença. Talvez só o eslovaco enroscasse um pouquinho, os demais, respiravam e as palavras saiam bonitinhas, uma logo após a outra, à exceção das duas italianas que entraram na terceira semana da minha estadia e que nem respiravam, falavam inglês pelos poros, e ainda cantavam e dançavam...Vixe...e eu cada vez me sentindo menor e mais distante. Veja só, eu que sempre fui aquela que deu as respostas certas para os professores e que, provavelmente, também falava pelos poros, agora via aquelas duas “bruxinhas” como mais um estorvo na minha vida, ou seja, elas aceleravam demais o ritmo da aula e eu, que já estava correndo com todo o meu fôlego e, antes delas aparecerem, já não conseguia alcançar o “bonde”...agora não tinha mais “bofes” para por para fora... Mais uma vez fui lá para minhas divagações e pensei em quantas vezes eu teria sido a tagarela, a perfeitinha, a rapidinha, que, no seu processo de auto-afirmação e no seu prazer em aprender foi uma “pedra no sapato” de boa parte da turma sem ao menos ter percebido. Nossa, eu devo ter atrapalhado a vida de muita gente ao longo da minha vida estudantil! Será que deveria me sentir culpada? Se devia, não sei, mas me senti atônita por ter pensado que talvez eu tenha representado esse papel para os colegas pelas turmas pelas quais passei. E eu como professora? Nas minhas tentativas de me sentir boa professora, aquela que se comunica, que “transmite”o seu conteúdo, quantas vezes teria sido cega para aqueles “do fundão”, ou para os caladinhos que olham para você com a maior atenção. Eu também olhava a professora de inglês com a maior atenção, às vezes até apoiava meu queixo sobre as duas mãos para nem mover a cabeça e fixar qualquer movimento que seus lábios realizassem...Só que, no meio desse comportamento aparentemente atento, estava eu, muitas vezes, perdida nos pensamentos que me tiravam dali e me levavam para outros lugares ou para outro tempo...Doce ilusão pensar que aluno calado e que olha fixamente está prestando atenção naquilo que você diz ou naquilo que você fala...Meu Deus! Quanta coisa estou aprendendo além do inglês e apesar do inglês!!! Os dias foram se sucedendo e eu fui me estressando. Me estressava por isso que já contei, e me estressava porque havia conteúdos que eu pensava que não devia e que, seguramente, eu não queria aprender. Você sabia que o menor som na língua inglesa se chama SCHWA? Não sabia? Nem eu! Agora sabemos. Tá bom. Isso fez alguma diferença? Me entendeu? Isso, muito tempo atrás, quando estudei Pedagogia, tinha o nome de conteúdo inerte, ou seja, ele não mexe com você, você não o utiliza, não melhora sua vida em nada, só serve para ocupar espaço na cabeça. Que desperdício, que mal uso para alguns bites de memória que ainda restam no meu HD já tão cheio de conteúdos, inertes ou não, que foram se acumulando em minha memória. Eu queria ouvir e falar em inglês, falar corretamente, sim, mas, principalmente, me comunicar com as pessoas. Por isso, me irritei quando a proposta foi aprender os símbolos da fonética. Ah, sim, muito úteis quando você quiser olhar num bom dicionário o código que representa a pronúncia de uma palavra, mas quem é que disse que estou disposta a aprender sons de palavras lendo um dicionário quando existem recursos muito mais modernos e eficazes para você identificar sons de palavras? Veja só, quantos conteúdos levamos para nossos alunos como se fossem apreendidos pacificamente por eles e como desconhecemos as verdadeiras batalhas que esses conteúdos promovem no seus sentimentos e pensamentos? Falar que o conteúdo precisa ser significativo para o aluno para que haja maior probabilidade de retenção da aprendizagem é uma coisa, sentir na pele o que é ser estuprada por conteúdos não-significativos que a escola selecionou para mim – é outra. Mais uma vez fico chocada com o peso dessa experiência. Me sinto como uma Poliana que cantarolou pela vida e caminhou em “brancas nuvens” e não sentiu “o frio da desgraça”, como consta naquela poesia que aprendi na adolescência e nunca mais esqueci. Nossa! Que dureza pensar que posso ter sido “um espectro de homem”, que posso, na atuação como professora, “ter passado pela vida” e “não ter vivido”. Apavorante para uma pessoa que se dispôs a ser comprometida com a educação e com o desenvolvimento de seres humanos. E olha, ainda tem mais, ainda aprendi muito mais nessa viagem na qual o aprendizado do inglês foi o mote principal, mas que acabou ficando como ator coadjuvante sem direito a Oscar...mas...como vou colocar esse texto no meu blog, já deve estar cansando quem se aventurou a ler...Fica para próximas postagens. Bom, parece que voltei um pouco mais sensível e cuidadosa com as sensações e sentimentos alheios...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Religião e Espiritualidade - pense nisso...

Recebi esse texto por e-mail. É de autoria desconhecida, mas reforça boa parte do que venho pensando no decorrer da vida. Uma vez, numa das reuniões da sete horas da manhã, lá na Secretaria Municipal de Esportes, o Secretário Walter Feldman perguntou se na sala havia alguém espiritualizado...Fiquei sem resposta...Fiquei me perguntando: e o que significa "ser espiritualizado"? Hoje, ao ler esse texto, confirmei que, sim, sou uma pessoa espiritualizada e já fui uma pessoa religiosa...mas também não tenho certeza se necessariamente essas condições devem sempre aparecer ligadas...Bem, vamos lá, te convido a ler e refletir sobre o assunto.

As Diferenças entre Religião e Espiritualidade



A religião não é apenas uma, são centenas.

A espiritualidade é apenas uma.

A religião é para os que dormem.

A espiritualidade é para os que estão despertos.


A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados.

A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.

A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.

A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.


A religião ameaça e amedronta.

A espiritualidade lhe dá Paz Interior.

A religião fala de pecado e de culpa.

A espiritualidade lhe diz: "aprenda com o erro".


A religião reprime tudo, te faz falso.

A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!

A religião não é Deus.

A espiritualidade é Tudo e, portanto é Deus.


A religião inventa.

A espiritualidade descobre.

A religião não indaga nem questiona.

A espiritualidade questiona tudo.


A religião é humana, é uma organização com regras.

A espiritualidade é Divina, sem regras.

A religião é causa de divisões.

A espiritualidade é causa de União.


A religião lhe busca para que acredite.

A espiritualidade você tem que buscá-la.

A religião segue os preceitos de um livro sagrado.

A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.


A religião se alimenta do medo.

A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.

A religião faz viver no pensamento.

A espiritualidade faz Viver na Consciência.


A religião se ocupa com fazer.

A espiritualidade se ocupa com Ser.

A religião alimenta o ego.

A espiritualide nos faz Transcender.


A religião nos faz renunciar ao mundo.

A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.

A religião é adoração.

A espiritualidade é Meditação.


A religião sonha com a glória e com o paraíso.

A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.

A religião vive no passado e no futuro.

A espiritualidade vive no presente.


A religião enclausura nossa memória.

A espiritualidade liberta nossa Consciência.

A religião crê na vida eterna.

A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.


A religião promete para depois da morte.

A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida.

(AUTOR DESCONHECIDO)

quarta-feira, 30 de março de 2011

Aula de Atletismo em 1978.

Esta foto é para exemplificar como era a formação do profissional de Educação Física no final da década de 70. Essa era uma das provas da disciplina de Atletismo. Olha meu desempenho explosivo no arremesso de peso. Os colegas atuavam na arbitragem. Apesar de todo o esforço e de lesões, nós estudávamos muito, mas nos divertíamos também. Todos temos boas lembranças. Essa foto aí tá no facebook do Ruy da Rocha Machado que hoje vive na Califórnia. É o saradinho de short vermelho.

domingo, 27 de março de 2011

orientações de pesquisa concluídas

Hoje atualizei o meu currículo Lattes. Quando baixei o total das produções acadêmicas, me surpreendi ao constatar que, ao longo da minha carreira acadêmica, já orientei 100 (cem) trabalhos de conclusão de curso de graduação, 8 (oito) projetos de iniciação científica e 8 (oito) dissertações de Mestrado. Agora, em 2011, tenho sob minha orientação 2(dois) projetos de doutoramento, 6 (seis) dissertações de mestrado e 3(três) trabalhos de conclusão de graduação. Isso é que é família !!! Já tenho 116 (cento e dezesseis) "filhos/filhas" acadêmicos(as) e estou grávida de mais 14 (catorze), sim, porque os trabalhos de graduação são feitos em duplas. Com isso, aprendi muito durante a vida. Percebo que, hoje, consigo ouvir melhor as pessoas e dialogar em busca de objetivos comuns. Algumas dessas pessoas continuam fazendo parte de nossa vida, mesmo após terminarem seus trabalhos acadêmicos, e constituem uma rede de amizade que nos fortalece. Fico feliz ao constatar que boa parte desses orientandos se dirije a mim com muito carinho, o que é recíproco! Espero que não apenas o Mestre Marcelo Feitosa (Brocotó) cujo tema de estudo é o Lazer, o Mestre César Augusto Fernandes de Souza, cujo tema de estudo é a Educação a Distância, o Mestre José Aristides Carvalho de Mello, cujo tema de atuação e pesquisa é a Gestão Esportiva, mas também outros(as) se aproximem do ECOLE e participem ou liderem grupos de pesquisa. O telefone de lá é 3396.6461. Ainda não temos pessoas o tempo todo lá, mas quem não conseguir contato por telefone pode usar os comentários aqui do blog ou o facebook como forma de contato. Gostaríamos de criar um Centro de Memória do Lazer e do Esporte paulistanos; um Observatório de Lazer e Esporte; formar grupos de estudo e pesquisa em Gestão por Resultados e Indicadores de Produtividade no Setor Público; bem como grupos voltados à Filosofia do Esporte e à Pedagogia Esportiva. É importante que todos aqueles que queiram crescer por meio do estudo e da pesquisa, bem como colaborar para a melhoria dos serviços de lazer e de esporte públicos em São Paulo, "saiam da toca", apareçam. Sem medo de cair em jargões, vou deixando um por aqui: Unidos seremos fortes !

Meus "filhos" acadêmicos na inauguração do ECOLE.